quinta-feira, 25 de março de 2010

Antes que termine o dia.


Emocionante!!! Sem dúvida irá mexer muito com a sua sensibilidade, um filme extremamente romântico, vale a pena colocar a emoção para fora, sem dúvida você irá chorar, com este filme quem sabe você poderá mudar o seu conceito fechado sobre o amor. Achamos que não temos tempo e que a pessoa que amamos tem de esperar...
O filme conta uma linda história de amor. Correndo contra o tempo um jovem executivo, tenta desfazer o passado/futuro no presente. O filme é uma lição de vida para todos. Mostra o quanto podemos modificar nosso destino até certo ponto. Vale dar uma conferida, nota dez, para quem gosta de se emocionar e rever alguns conceitos de vida.
Esta agradável comédia romântica conta a história de um casal que se ama. Mesmo assim, eles têm suas diferenças: enquanto ela sempre focou a vida na relação a dois, ele se preocupa mais com os amigos e seu futuro profissional. Até que um dia eles rompem o relacionamento. Mas um estranho acidente ocorre para mudar o rumo de suas vidas. No dia seguinte, Ian (Paul Nicholls) passa a acordar no dia anterior e percebe que tem a chance de consertar o que fez de errado, mas apenas até que o dia termine, para que, em seguida, tudo recomece novamente.
Então é inevitável nos perguntarmos: quantas mudanças não faríamos em nossas vidas se tivéssemos a visão clara de tudo o que está errado? Muitas, eu garanto. Quantas vezes nos portamos de maneira absurda e até mesmo abjeta, sem sequer nos darmos conta? E quantas coisas importantes perdemos por negligência, por não enxergarmos o óbvio?
E por que é que não temos essa visão? Será alguma deficiência, limitação inerente ao ser humano? Duvido muito. Todos nós temos plena capacidade de perceber todos os elementos presentes em nosso dia a dia, apenas vivemos imersos demais em nossos próprios umbigos e em nossos problemas para refletirmos o quanto agimos equivocadamente a torto e a direito.
O que você faria se olhasse a morte de frente? Entraria em pânico? Provavelmente. E mesmo que ela estivesse ali para alertá-lo sobre a sua conduta, ficaria tão paralisado que sequer poderia fazer algo a respeito. Certo? E se ao invés da sua própria morte, vislumbrasse a morte daquele que mais ama? Se visse diante de si a perspectiva de não poder ver de novo aquele que está sempre ali à sua volta, e que muitas vezes é negligenciado sem que você sequer se dê conta disso? Se entendesse que amanhã aquela pessoa não estaria ali para ouvir nada do que tivesse a dizer, ainda que merecesse um pedido de desculpas ou uma declaração de amor? Alguns ainda assim ficariam paralisados. Outros tentariam aproveitar o pouco tempo que resta. Quem sabe até pudessem mudar algo do que fosse acontecer? Quem sabe pudessem fazer valer a pena um dia juntos, mais até que uma vida inteira?
É este o enfoque da história, por isso o título original “If Only”. O filme lida de maneira admirável com sentimentos controvertidos como arrependimento, culpa, impotência. E saudade, amor, cuidado. Quanto é suficiente? Como é que sabemos quando se está deixando a desejar num relacionamento? Se ao menos nos déssemos ao trabalho de olhar em volta e perceber a infelicidade do outro, poderíamos facilmente identificar quando agimos errado. E mais, poderíamos evitar o sofrimento daquele a quem amamos e até mesmo corrigir os nossos passos.
Mas e então, tudo andou errado. Ainda há o que consertar? Há. Requer mais coragem contorcer-se de culpa ou se esforçar para mudar? Lamentar o erro ou aprender com ele? Existe uma segunda chance? Sempre há tempo para mudar o rumo da estrada?
Todas estas questões estão em Antes que Termine o Dia. Um filme basicamente sobre sensibilidade. Sobre a bênção que é ser tocado por coisas sutis. Feliz daquele que se emociona sem restrições, que consegue ver beleza nos lugares mais insuspeitos, que agradece as pequenas coisas. Não estou falando de se debulhar em lágrimas enquanto ouve baladas, mas de saber fechar os olhos e apreciar o calor do sol, o barulho da chuva, o riso de alguém que se ama. Feliz daquele que olha o mundo e enxerga cores, luz, dádivas, oportunidades. Porque sentir é um dom e aquele que não sente vive em vão e, portanto, já está morto.

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